quinta-feira, 21 de junho de 2007

Sem regresso


Chamei-te
Do ponto mais alto da mais alta montanha,
Mas tu não respondeste.

Gritei o teu nome
No sítio mais fundo do vale mais profundo,
Mas tu não ouviste.

Procurei–te
Nos locais mais recônditos das longínquas aldeias,
Mas não te encontrei.

Perguntei por ti
Ao sábio mais sábio dos sábios do mundo,
Mas ele não respondeu.

Entendi
Que não havia respostas para tudo na vida
E que era sem regresso essa tua partida.
Dentro de mim
Ecoavam palavras que não te pude dizer
E navegavam os gestos que ficaram por fazer.
Quando, por fim,
Cessei as perguntas e a indignação,
Encontrei-te alojado no meu coração.

3 comentários:

Anónimo disse...

AMIGA COM LETRA GRANDE adoro ler tudo o que escreves porque sei que é sincero o teu sentimento. Graças a ti consigo ver algo em certas ocasiões que me fázem bem Parabens
Ivone

Anónimo disse...

Adorei este poema. Faz-me lembrar o meu irmao.Ainda nao li todos mas aos poucos vou lá. :-) Bjs grandes pa ti.

Anónimo disse...

Tive o prazer de ler, e receber um livro desta autora,no qual quem for ao meu perfil ira ver que se encontra como um dos meus livros preferidos já,agora relembro que o nome do livro é "Palavras dispersas", este livro depois de o ler,vi que foi feito com amor e foi feito sentido,quando eu digo sentido é sinal que veio de dentro.

Parabéns D.Ana Janeiro