terça-feira, 5 de junho de 2007

Era uma vez uma flor...


Era uma vez uma flor
elegante e perfumada
símbolo de liberdade
promessa de alvorada

Não tinha um nome qualquer
de homem ou de mulher…

Não tinha nome de rosa,
acácia ou margarida,
era alegre e orgulhosa
com cor de sangue e de vida

Não poderia ser jacinto
amor-perfeito, absinto...

Foi um cravo encarnado
com beleza sem igual,
que acordou Portugal
nesse Abril tão desejado!

Só que o tempo, ao passar,
faz muita coisa mudar...

Também o cravo passou
a ser flor entre as demais,
logo que Abril murchou,
e, com ele, os ideais.

Onde estarás tu agora
ó cravo primaveril?
não deixes que deitem fora
os nossos sonhos de Abril!
(in letras dispersas)

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